A Agrivalle, empresa do segmento de bioinsumos (produtos biológicos, nutrição vegetal, adjuvantes e inoculantes), realizou no dia 18 de maio a terceira edição do Agro em Debate sobre a sustentabilidade na produção de café, com a presença de mulheres que atuam no desenvolvimento da cultura no Brasil.
Na oportunidade, Carmem Lúcia Chaves de Brito, produtora rural e atual diretora executiva das Fazendas Caxambu e Aracaçu, trouxe o tema café sustentável para um amanhã com ainda mais benefícios para a cultura. Durante a explanação, Carmem falou sobre o que está na pauta global, e quais têm sido as verdadeiras demandas do mundo atual. Com uma visão mais ampla sobre a produção de café e o quanto ele acessa a sociedade, foi trazido o quanto os consumidores buscam comprar e vender saúde e a importância da cadeia cafeeira passar a voltar os olhares para este aspecto também.
“Nós do mundo do café precisamos estar cientes e mais ligados às demandas do mundo. Precisamos ser mais humanizados e entregar soluções mais abertas ao mundo. Precisamos gerar impactos positivos em todos os setores e inclusive na nossa própria economia, coordenando estratégias de criação de valor dentro das fazendas com propósito, novas formas de trabalho, priorização do capital humano, fortalecimento da cultura das cooperativas para que dentro da cadeia da cafeicultura tenhamos melhores formas de lidar com problemas e necessidades, olhando para um mundo cada vez mais diverso e que clama por entregas de uma produção mais sustentável", explicou Carmem.
Olhar para o café do amanhã como um produto que une todos os elos da cadeia e que tem potencial para promover e dissolver os grandes desafios enfrentados, como produzir mais, gerar lucro, mas oferecendo um produto que seja fruto de menores impactos ambientais, que tenham sido produzidos por meio de um sistema que visa a responsabilidade social e, com o pensamento em longevidade da cultura para a cadeia e para os consumidores, construindo um sistema regenerativo para o solo e para a natureza.
"Precisamos convidar agrônomos e outros profissionais da cadeia de forma a provocá-los a nos ajudar a criar um sistema que gere menos danos, e que permita que façamos a gestão e conservação das águas, com plantas de cobertura que beneficiem o solo e atuem na redução de sequestro de carbono, criando mais pontes verdes e fazendo com que as pessoas queiram trabalhar com café encarando esse espírito da sustentabilidade. Precisamos gerar valor para o consumidor", comenta a produtora.
Carmem também falou sobre oferecer um café com ainda mais sabor, mas que a cada xícara as pesquisas científicas sejam reforçadas no que se refere aos benefícios dessa cultura para a saúde humana, levando antioxidantes, reduzindo neoplasias, combatendo a depressão, entre outras questões para a saúde, bem como que seja possível saber que em cada gole de café também está o senso sustentável, a lucratividade e a distribuição de renda, com respeito ao meio ambiente. "Queremos um balanço ecológico em um produto virtuoso. É isso o que precisamos entregar da cafeicultura para o mundo", finalizou.
Para quem não conseguiu assistir a transmissão ao vivo, a palestra pode ser acessada pelo canal do YouTube da Agrivalle.
Fonte: Café Point.
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