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Cafeicultores e técnicos trocam experiências sobre secadores estáticos em visita de campo


O Sistema FAEMG/SENAR/INAES, em parceria com o Sindicato dos Produtores Rurais de Boa Esperança, promoveu uma visita de campo à fazenda Campão Comprido por meio do Programa de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG Café+Forte). A iniciativa do técnico Guilherme Ferreira Marques tinha como objetivo que produtores e técnicos pudessem aprimorar, na prática, o seu conhecimento sobre secadores estáticos de café.


Na visita, o proprietário da fazenda, Eugenio Monteiro Junior, contou suas experiências com os equipamentos. Há sete anos, ele tinha dois secadores rotativos e estava ficando inviável secar o café no terreiro. Em um ano de bienalidade alta, contou com a ajuda de 24 pessoas. Para fazer o trabalho da maneira correta, ele investiu em lonas. Neste momento, descobriu o secador estático e comprou alguns para a propriedade. Antes dos equipamentos, 80% de sua produção era bebida dura. Hoje, 80% de sua produção é bebida mole.

Eugenio também contou sobre a sua vivência no campo e compartilhou dicas com os produtores: “Os secadores estáticos têm uma tecnologia muito simples. No maquinário, entra um fluxo de vento que faz o mesmo efeito do café no terreiro. O vento passa por toda a massa do café. Se o secador não for dimensionado, o produtor terá problemas com o produto. Existem três coisas que não podem ser feitas em um secador estático: a compactação, ou seja, a maneira de colocar o café dentro da caixa, a falta de vento no café quando ele estiver acima de 20% de umidade e a temperatura alta”.

O produtor Afrânio Reguin, atendido pelo ATeG Café+Forte, já participou de cursos do Sistema FAEMG/SENAR/INAES e, desde então, a sua propriedade tem evoluído muito em produção e gestão. “Mais uma vez, o Sistema FAEMG/SENAR/INAES está ao lado do produtor. Tenho um secador estático na minha propriedade, mas ainda tinha muitas dúvidas sobre o maquinário. Graças ao Sistema, agora, vou conseguir trabalhar corretamente e melhorar minha renda com o equipamento”, comentou.


Para o presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Boa Esperança, Henrique Rezende Pacheco, o treinamento ofereceu novas possibilidades para a colheita. “Esta visita guiada foi muito válida. É um intercâmbio de ideias que agrega valores para os cafeicultores. O Sistema FAEMG/SENAR/INAES proporcionou um conhecimento diferenciado. Na prática, adquirimos experiências e dicas de pós-colheita”, destacou.

O mobilizador do Sindicato dos Produtores Rurais de Varginha e do Sindicato dos Produtores Rurais de Monsenhor Paulo, Diego Carvalho Cauvilla, acredita na tecnologia e nas visitas de campo. “Este encontro foi fundamental para mostrar novas tecnologias para os produtores. Depois deste treinamento, muitos terão uma melhoria na qualidade e no custo de suas produções. Visitar um empreendimento que é referência é essencial para o crescimento das pessoas que trabalham no campo”, disse.

O gerente regional do Sistema FAEMG/SENAR/INAES em Lavras, Rodrigo Ferreira, destacou que para muitas pessoas, o processo com secadores estáticos ainda é recente. Alguns produtores já possuem o maquinário, mas, quando aplicarem estas técnicas e aprimorarem o uso, terão melhores resultados em suas produções.

“O trabalho em grupo e o espírito colaborativo fazem parte das qualidades que buscamos durante a seleção de produtores para o ATeG. Este tipo de ação, permite difundir tecnologias viáveis. Caberá a cada produtor, agora, fazer o ajuste à sua realidade e implantação de mais uma adequação tecnológica na propriedade, visando à qualidade do café e, consequentemente, à maior rentabilidade”, explicou Rodrigo.


Dentro da programação, o grupo também visitou o Sítio São Sebastião, em Santana da Vargem. A propriedade possui cafés das variedades mundo novo, catuaí 144, arara, catucaí 24/137 e topázio. As lavouras recebem o mesmo manejo e tratamento. Assim, os produtores viram, na prática, as diferenças nas produções.

“Muitos produtores têm dúvidas e receio de plantarem novas variedades. Com esta visita, conseguimos mostrar para eles que é possível e rentável apostar em novas diversidades. O ideal é o produtor ter maturação precoce, média e tardia, assim, ele consegue escalonar a colheita, colher café por mais tempo e ter um produto de qualidade”, destacou o técnico Guilherme.

As informações são da Assessoria de Comunicação Senar Minas – Regional Varginha (Por Karoline Sabino)

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